O que? A melhor roda de samba de Santos
Onde? Quadra do Ouro Verde, à Rua Nove de Julho, 41, Marapé
Quando? Todos os sábados, a partir das 20 horas
Dica: Se chegar depois das 20h15, corre o risco de ficar sem mesa e ter que curtir o samba em pé mesmo.
Conheça o som do Grupo Ouro Verde!
“O nosso compromisso é não ter compromisso”, Zinho do Cavaco
O bom samba de raiz, uma roda de amigos, público animado, cervejinha gelada... Para os freqüentadores do Ouro Verde, em Santos, não falta nada para a noite ser completa. A razão do sucesso, o músico Luiz Alves Fernandes, o Zinho do Cavaco, justifica logo, sem pensar: “Fazemos o que gostamos, nós ainda não conseguimos nos prostituir”.
Zinho, filho do Seu Lili, (que todos fazem questão de lembrar como um dos maiores violinistas que Santos já conheceu), seguiu a tradição da família e adotou a música como sua grande paixão. Participou do grupo Andanças, foi um dos fundadores do grupo Tempero e participa desde o início da roda de samba que agita o bairro do Marapé e une seus moradores todos os sábados, faça chuva, faça noite estrelada.
A roda de samba do Ouro Verde nasceu de um grupo de amigos que cresceu ouvindo o bom e velho samba de raiz. Os amigos usavam a quadra do clube para se encontrar, tocar por diversão e registrar a amizade. O bom nível da “brincadeira” foi atraindo outros moradores e se tornou um ponto de encontro tradicional dos fins de semana. “Não tínhamos intenção nenhuma que virasse o modismo que é hoje”, conta Zinho.
Para Luiz Carlos Alonso, o Pio, é mesmo a amizade de infância que prende a todos no lugar. “Somos todos do Marapé, celebramos os amigos”. O grupo é amador, não mantém nenhum projeto profissional, mas faz várias apresentações na região, como nas festas TortoLido, no projeto Caros Amigos de Santos e no Sesc.
O som diferenciado, autêntico, encanta freqüentadores novatos e assíduos. Zinho afirma que os músicos “não têm nada contra os sambas modernos, mas procuram manter o samba tradicional que não toca no rádio e na TV”. E é essa diferença, além do ambiente agradável e descontraído, que encanta a todos que passam pela quadra do tradicional clube de malha e futebol.
Flávio Ruas, que também toca, explica que a roda de samba é conseqüência de uma infância, “o que nós ouvimos, fazemos a mesma coisa”. Para ele, o trabalho é importante ainda como resgate, para mostrar ao público mais novo um pouco da música que não chega hoje até eles. “Não é que o jovem não gosta de música antiga, ele não conhece”, justifica.
Mariana Felippe de Oliveira
Memória fotográfica do Grupo Ouro Verde:
Na parede da quadra estão expostas algumas fotos de momentos e apresentações importantes ao longo da vida do grupo.
O abrigo do samba raro
Muitos que vão prestigiar a roda de samba participam desde seu surgimento. É o caso de Benito Rodrigues, presidente na penúltima gestão do clube, que freqüenta a roda há mais de 20 anos. Segundo ele, o local atrai gente de toda a idade em busca do bom samba de raiz.
Débora Orichio, outra freqüentadora assídua, comenta que são tocados sambas da década de 20 e tem gente que ainda lembra. “É legal também ver um jovem cantando. O Ouro Verde revive as músicas do passado, para não deixar morrer”. Ela e sua irmã, Marlene Orichio, foram fundadoras da Banda Ouro Verde, que sai sempre antes do Carnaval. Marlene, que foi diretora do clube, mora no Marapé há 45 anos e diz que além da música, o ambiente também é responsável pelo sucesso de todos os sábados. “Aqui é muito bom e as pessoas sempre voltam”, comenta.
Mariana Felippe de Oliveira
No sambão do Ouro Verde, a noite começa assim...
E termina assim...
Agenda especial
O grupo do Ouro Verde tocará no Sesc Santos na próxima quinta-feira, dia 29 de novembro, no projeto Samba de Quinta. A apresentação será na lanchonete, a partir das 21 horas e os ingressos custam:
- R$ 4,00 para público em geral
- R$ 2,00 para usuário matriculado, idosos e estudantes com carteirinha
- R$ 1,00 para trabalhador no comércio e serviços matriculados e dependentes
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